Correntes e suas correntes trocas I
Esse post não é sobre uma regra e sim sobre um procedimento Beta que sempre provoca dúvidas e discussão. Tem a ver com casamento, o esquisito e nem sempre compreensível relacionamento entre os parceiros cassete, corrente e pedivela. Nunca se perguntou isso?:
– Quem sai primeiro da relação, o cassete, a pedivela ou a corrente?
– Esse quem sai quando? Quando começar a saltar marcha ou em determinada Quilometragem? Isso vale para speed e mtb?
– Ou é um casamento até a morte, se um sair, sai todo mundo e entra uma família (grupo) novo?
Essas respostas não são muito fáceis, mas aqui vai um primeiro ensaio sobre o assunto (a ser complementado depois que eu terminar uma série de testes de longo prazo).
Alguns mecânicos dizem que o desgaste da corrente pode ser percebido pela folga na rigidez lateral dela, mas não é bem assim. A principal forma de desgaste da corrente é nos rolinhos e em seus pinos, que deixam o comprimento ligeiramente maior que o original a medida do tempo. Isso faz com que a corrente não case com os dentes, seja do cassete e da pedivela.
Esse descompaso faz gastar a pedivela e o cassete. Como a engrenagem do meio é a que estatisticamente usamos mais, é ela que acaba falhando primeiro.
O esquema de manutenção que estou ensaiando na mtb e na speed, para evitar a troca frequente das três peças (principalmente na speed que o cassete e a pedivela são caríssimos) é de trocar somente a corrente a cada 1500-2000km. Na mtb é um pouco menos, pelo desgaste maior da corrente com areia e lama. Na speed já estou na terceira corrente e o cassete + pedivela parecem novos.
Teoricamente se trocar a corrente no tempo certo, o cassete e a pedivela durariam muitos e muitos km porque na corrente nova não há escorregamento entre os rolos e os dentes e como não há esse atrito, não gasta. A medida que a corrente vai gastando, começa um pequeno escorregamento entre o dente e o rolinho porque a distância não é a mesma.
Depois de finalizar os testes com as duas (RIP para Pedivelas e Cassetes das duas bicicletas), faço um novo post com detalhes.
This entry was posted on quinta-feira, fevereiro 3rd, 2011 at 19:36 and is filed under Temas. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. Both comments and pings are currently closed.
fevereiro 4th, 2011 at 6:22
Renato says:Ótimo tema, mas só uma correção: pedivela é a alavanca que leva a força do pedal para as coroas. O nome correto seria coroas! Três, mas aí não é mais casamento, já um menage a trois!
fevereiro 4th, 2011 at 10:27
Rodrigo Stulzer says:Ótimo post! Pena que eu ainda não esteja na fase do menage a trois 🙂
maio 21st, 2011 at 8:20
alfredo says:prezado amante de bicicleta,li num artigo da revista seleções (reader digest) sobre um triciclo com proteção (capota) que rodava a 110km por hora, sem muito esforço, ou seja uma pessoa comum podia facilmente chegar nesta velocidade e mantela,menciono tal por ser um artigo curioso, e bem mais por não ter visto o desfeicho que seria de se ter ou seja a dita cuja no mercado( por acaso você sabe algo a respeito?
um abraço.
janeiro 17th, 2012 at 18:51
Fabrício Souza says:Acredito que pela demora do artigo “II” você ainda não trocou as coroas ou o k7 😀
Eu vi esses dias uma ferramenta que mede justamente esta distância dos rolinhos. Não achei para vender ainda, mas esse teste na “MTB” eu já fiz e somando o custo da corrente de 9 velocidades x4, o custo ficava o mesmo, pois o k7 sempre desgasta mais que a coroa e ficava na média: a cada duas trocas de corrente um k7.
Quero ver na speed.